16/03/2010
28/01/2010
19/04/2009
Deusa grega do amor, da beleza, símbolo da fertilidade e feminilidade. Era uma das 12 divindades gregas do Olimpo. Sua correspondente na mitologia romana é Vênus.
A versão mais antiga de seu nascimento conta que, quando os órgãos sexuais de Urano, cortados por Cronos, caíram ao mar, uma espuma branca formou-se. Da espuma formada ergueu-se Afrodite.
Os ventos levaram-na à Chipre, onde as Horas a receberam. Foi então vestida, enfeitada, e conduzida para o Olimpo.
Encantadora, flores nasciam sob seus pés delicados. Era considerada a deusa da primavera.
No Olimpo, todos os deuses queriam desposá-la. Por ordem de Zeus, casou-se com Hefesto (deus do fogo), que de tão feio e coxo, dizem que foi jogado pela mãe Hera ao mar.
Vênus dá leis ao céu, à terra, às ondas e a todas as criaturas vivas. "Foi ela que deu o germe das plantas e das árvores, foi ela que reuniu nos laços da sociedade os primeiros homens, espíritos ferozes e bárbaros, foi ela que ensinou a cada ser a unir-se a uma companheira. Foi ela que nos proporcionou as inúmeras espécies de aves e a multiplicação dos rebanhos. O carneiro furioso luta, às chifradas, com o carneiro. Mas teme ferir a ovelha. O touro cujos longos mugidos faziam ecoar os vales e os bosques abandona a ferocidade, quando vê a novilha. O mesmo poder sustenta tudo quanto vive sob os amplos mares e povoa as águas de peixes sem conta. Vênus foi a primeira em despojar os homens do aspecto feroz que lhes era peculiar. Dela foi que nos vieram o atavio e o cuidado do próprio corpo." (Ovídio) Com a finalidade de expressar as diferentes intensidades do amor, a filosofia platônica distinguiu Afrodite entre uma celeste, ou Urania, e outra terrena, ou Pandemo.
A primeira inspirava o amor universal, os sentimentos nobres. A segunda representava a paixão física, por vezes até promíscua.
Afrodite na Arte
Os artistas apresentaram-na, geralmente, cercada de suas flores preferidas. Era especialmente ligada às conchas, que representavam os órgãos sexuais femininos.
Afrodite costuma ser acompanhada de um cortejo de servidores e de servas que encarnam os prazeres e o encanto do mundo, das quais a mais importantes são as Cárites e as Horas.
Sendo a ilha de Cítera sua primeira pátria e um dos centros mais tradicionais de seu culto, a expressão "viagem a Cítera" tornou-se uma metáfora usual para a paixão amorosa e para o ato sexual.
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18/04/2009
Consta que recebia maus tratos de seu senhor, Epafrodito, e que um dia este lhe quebrou uma das pernas para passar o tempo. Mas Epícteto não se revoltou com a condição de escravo. Dizia que em qualquer situação há várias possibilidades de crescimento. E que se desejarmos paz, a aceitação dos acontecimentos na ordem em que eles ocorrem é fundamental.
De acordo com o filósofo, entende-se por aceitar os acontecimentos uma atitude ativa, com a consciência de que, ao vivenciá-los, as ações empregadas sejam harmonizadas com a natureza, com o divino. Indiferença e inércia são egoísmos que não tem relação com a tolerância (estoicamente, sem perturbação) diante desses acontecimentos.
Para Epícteto as coisas pertencem a duas categorias: as que dependem de nós, e as que não dependem de nós.
Sob o nosso controle está o que podemos influenciar diretamente, o que está naturalmente à nossa disposição sem restrições, como o nosso bem e mal, nossas opiniões e aspirações. Fora do nosso controle está o que é circunstancial, por exemplo, as honras, a forma do corpo, a maneira como os outros nos vêem e as riquezas.
Não se sabe ao certo o motivo nem a data de sua alforria. Em 93 foi exilado, junto com outros filósofos residentes em Roma, pelo imperador Domiciniano. Nicópolis, noroeste da Grécia, foi seu destino. Lá morou numa pequena cabana e abriu uma escola de filosofia, onde lecionou até o final de sua vida.
Como Epícteto não deixou nenhum escrito, o que se sabe a respeito dele e de seus ensinamentos é responsabilidade de Flávio Arriano, um de seus alunos, que compilou as aulas do mestre em Discursos e Manual.
Foi um filósofo que não apenas proferiu belas e eloqüentes palestras. Pelo contrário, não apreciava o discurso pelo discurso e viveu de acordo com o que ensinava.
Pensadores da arte de viver como Rousseau, Nietzsche, Spinoza e Marco Aurélio foram influenciados por seus ensinamentos.
Epícteto morreu por volta de 135 d.C, em Nicópolis.
Nota: Para os estóicos, a filosofia é menos exercício intelectual do que modo de vida.
Quando você se ofender com as faltas de alguém, vire-se e estude os seus próprios defeitos. Cuidando deles, você esquecerá a sua raiva e aprenderá a viver sensatamente.
Os que buscam a Sabedoria acabam compreendendo que, embora o mundo às vezes nos recompense por motivos errados ou superficiais, o que realmente importa é quem somos essencialmente e como estamos evoluindo.
É impossível para um homem aprender aquilo que ele acha que já sabe.
Não fale sobre suas aspirações espirituais com pessoas que não as apreciarão. Mostre seu caráter e seus compromissos com dignidade pessoal somente através de suas ações.
Dentro da Ordem Divina, cada um de nós tem um compromisso particular. Descubra qual é o seu e siga-o fielmente.
Siga todos os seus impulsos generosos. Não os questione, especialmente quando um amigo precisar de você. Aja em benefício dele. Não hesite!
A vida não é uma série de episódios aleatórios e sem sentido, mas um todo ordenado e refinado que segue leis, em última análise, compreensíveis.
14/04/2009
Embora esta palavra possa conter conotações psicológicas de "aborrecimento", o certo é que a repetição é uma das armas mágicas de que se serve a Natureza. Mais do que de repetição, deveríamos falar de reiteração, daquilo que nos obriga a voltar várias vezes sobre as mesmas coisas até ficarem devidamente assimiladas. Em oposição ao valor pedagógico da reiteração, o nosso mundo atual exalta as novidades e o que muda constantemente. Porem, não é preciso muita perspicácia para constatar que por esse caminho não se chega a lado nenhum.
Façamos uma breve análise de uma e de outra atitude: a mudança e a reiteração.
O variável é uma triste máscara com que se encobre a ignorância.
O que pouco ou nada sabe julga que na variedade está a demonstração do seu domínio sobre muitas coisas. No entanto, uma breve analise leva-nos à conclusão de que, geralmente, essas muitas coisas são dominadas superficialmente e mal.
Hoje começa-se uma coisa, amanhã outra... Hoje lê-se um livro, amanhã outro... Hoje mergulha-se em alguma doutrina filosófica, amanhã noutra... Hoje sente-se simpatia por uma determinada personagem, amanhã por outra... Hoje trabalha-se por umas idéias, amanhã por outras...
Lança-se também o conceito ambíguo de “criatividade”, quando, na realidade, é preciso saber para criar, e saber custa tempo e repetições. Fala-se de uma espontaneidade que deve governar os atos humanos para que cada um exprima aquilo “que vem do seu interior”. Mas, a que “interior” nos referimos? Mal se passa a barreira do corpo começa “o interior”, e aí podemos encontrar desde paixões aberrantes até êxtases místicos... Se se trata de “exprimir”, haverá que exprimir o melhor que possuímos, criar na base do melhor que somos, pois o pior já se manifesta sem que lhe exijamos demasiado.
Há que enfrentar, a partir deste ponto de vista, uma obra de construção humana, onde a variabilidade tem muito pouco que fazer. As grandes pirâmides egípcias que nos surpreendem pelo seu tamanho, foram levantadas com pedras muito semelhantes umas às outras, só que habilmente colocadas e dirigidas para o alto.
Na outra face da moeda encontramos a reiteração e vemos nela a Lei com que se maneja o Cosmos inteiro. Basta analisar, por exemplo, a lei do eterno retorno; basta tomas consciência dos ciclos de manifestação que fazem com que as coisas apareçam e desapareçam.
A Natureza repete incessantemente as suas estações, seus dias e noites; milhões de vezes a semente germina na terra da mesma maneira. E outros tantos milhões de vezes, o nosso espírito submerge-se na matéria procurando despertar para o seu verdadeiro Ser.
Como parte que somos da Natureza, não seguiremos, porventura, o mesmo ritmo?
Repetir, repetir, repetir... não por enfado, mas pela imperiosa necessidade da perfeição. O que repete não faz sempre o mesmo: fá-lo cada vez melhor, sente-se crescer em cada novo ato de aprendizagem.
Um outro exemplo de peso –para além do já mencionado exemplo da Natureza- é o conteúdo dos Textos Sagrados de todos os tempos. Umas poucas idéias fundamentais giram sob mil formas aparentemente diversas, apenas para criarem a ilusão da novidade, ou talvez para nos demonstrarem que no fundo existe uma única Verdade. A reiteração é o estilo predileto dos Grandes Mestres, nos que, modestamente, nos inspiramos.
Por que é que a Natureza se repete nos seus ciclos? Por que é que vimos tantas vezes à vida em novos corpos? Por que é que os ensinamentos espirituais nos reiteram sempre as mesmas idéias? A resposta é bem clara: porque ainda não aprendemos a lição, porque não assimilamos a experiência necessária, porque ainda estamos na ignorância e na evolução.
Tomando consciência deste fato abrimos possibilidades para uma verdadeira mudança. As mudanças não são deslocamentos laterais: a mudança definitiva é a que leva o homem verticalmente desde a sua obscuridade material até ao seu brilho espiritual. Mas para percorrer este caminho vertical há que assumir a Verdade; para chegar à Luz há que reconhecer as sombras; para chegar à meta há que dar muitos passos parecidos uns aos outros, enquanto avançamos na Senda um pouco mais para frente e um pouco mais para o alto.
Consideremos seriamente o valor da reiteração. Não desprezemos este ensinamento universal. Mas atenção: aquele que se limita apenas a repetir, acaba por se robotizar e odiar o que está a fazer; o que repete procurando a perfeição satisfaz-se com cada um dos seus atos, encontrando neles essa pequena parte de superação que encerram. Aquele que se limita apenas a repetir, perde habilidade cada dia que passa; o que procura a perfeição, é um pouco melhor todos o dias.
Quem se limita apenas a repetir, cumpre atos; quem procura a perfeição, realiza atos; quem se limita apenas a repetir, envelhece irremediavelmente e quem repete na procura da perfeição está cada vez mais próximo da juventude eterna, da “Afrodite de Ouro”.
Artigo escrito em Junho de 1992
11/03/2009
Perplexo diante do paradoxo e da fatalidade,
pobre e patético homem,
caminhando sozinho em direção ao inevitável,
fingindo ser eterno sem crer na Eternidade.
tomando seus frutos, destrói, dilapida.
Vaidoso e arrogante este que se crê
o único ser a desfrutar da vida.
somente com os seus é capaz de dispor
de um pouco de afeto, atenção e respeito,
talvez mais por posse do que por amor.
de que linhagens, posse e parentesco
traduzem-se em pó na linguagem do tempo,
que já não guarda afinidades ou sobrenomes
nem reconhece ancestrais ou descendentes.
numa rela e intrínseca diferença
graças à vestimenta que ora usa
Lúcia Helena Arruda
26/02/2009
Na China é o caos primordial que contém a totalidade das manifestações. É simbolo da sabedoria: a água é livre e sem nós. A principal metáfora do taoísmo é a água, que se adapta e é tão flexível como o sábio: quando encontra uma abertura, se arremessa; quando chega a uma superfície, desliza; e sempre vai com perfeita e feliz naturalidade andando pela vida.
No Tibet, é símbolo do compromisso nas iniciações.
Na Gênese, é onde se encontra o sopro de Deus, e continuando com a Bíblia, é onde a rocha de Moisés brota como fonte de água viva. Ao lado de Cristo, como símbolo de vida eterna e purificação, que pelo batismo cria o homem novo. Mas também é símbolo de morte: seu desenrolar desordenado traz catástrofes e castigos: o Dilúvio, o fechamento do Mar Vermelho, etc. As águas calmas são criação, e as agitadas, destruição.
No panteão nahuatl (México) da américa pré-colombiana, seu simbolismo é também dual: as verticais, representadas pelo deus da chuva, Tlaloc, estão em relação com o fogo, criando entre os dois o reflexo ígneo das águas, que se denomina "a água queimada". Tlaloc está vinculado às paixões e à vitalidade. Está relacionado a Chalchiliutlicúe, deusa das águas horizontais, que sobe aos céus e desce fecundada pelo Sol para fertilizar a Terra. Em seu nome celebrava-se uma cerimônia de batismo, na qual o bebê era purificado pelas águas desta deusa virgem.
No Egito é essa mesma fonte de vida e fertilidade, projetada na Terra pelo rio Nilo. O rio que era considerado uma dádiva, reflexo do Nilo celestial, a Via Láctea.
Na Babilônia, como anteriormente no Súmer, é Oceano Primordial do qual se desprendem Apsu, a água doce, princípio masculino e fértil, e Tiamat, o princípio feminino das águas salgadas e caóticas, que ao ser fecundada por esse rio de águas doces, originam os Primeiros nascidos.
Na Grécia é a que fala: da fonte de Castália, em Delfos, emanava a água que inspirava e purificava Pitia.
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24/02/2009
Não se pode falar de filosofia sem falar do filósofo: não se pode falar do mundo das idéias sem falar do homem que é capaz de viver essas idéias. Assim, se tivéssemos que destacar uma das características fundamentais do filósofo, do homem de Sabedoria, diríamos que reúne as condições do eterno buscador. É um homem de conquista, que deixará de buscar quando, por fim, chegar à Sabedoria; e não sabemos se então buscará outras coisas, hoje incompreensíveis e inacessíveis para nós.
O que sabe o que busca e como fazê-lo, esse é o Filósofo.
22/02/2009
No começo, nada era ou deixava de ser;
não havia atmosfera, nem firmamento acima dela.
Quem tomava conta do mundo, quem o delimitava?
Onde ficava o profundo abismo, onde ficava o mar?
Ainda não havia morte nem imortalidade,
a noite não existia, não se conhecia o dia.
No vento estático da primordialidade
palpitava o Único, além do qual nada existia.
As trevas cobriam o mundo inteiro,
um oceano sem luz, perdido na noite.
Então nasceu pela dolorosa força do fogo
o que estava oculto na casca, o Único.
Dele emergiu, como primeiro fruto, o amor,
germe da semente do entendimento.
As pequisas dos sábios revelaram que as raízes da vida
haviam brotado dos impulsos do coração.
Ele, que criou tudo o que existe,
e contempla sua obra do trono celeste,
aquele que a fez, ou não a fez,
este sabe tudo -ou será que também não sabe?
Escrito Sagrado dos Hindus
Dos Vedas
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17/02/2009
I. Reunir os homens e mulheres de todas as crenças, raças e condições sociais em torno de um ideal de fraternidade universal.
II. Despertar uma visão global através do estudo comparativo de filosofia, ciências, religiões e artes.
III. Desenvolver as capacidades do indivíduo para que possa integrar-se à natureza e viver segundo as características da sua própria personalidade.
Apresentamos princípios de união inspirados em formas de pensamento tais como o Pitagorismo e o Neoplatonismo, os quais, em sua época, proporcionaram autênticos avanços na civilização.
É a união para além das diferenças.O respeito pelas diversas identidades e tradições faz com que cada um, por sua vez, sinta-se cidadão do mundo.
II. Convivência entre as culturas.
É a prática da tolerância através de uma cultura integral, que permite relacionar todos os campos da criatividade e do pensamento.Esta integração torna compatível e complementar o que de início parecia em oposição.Procuramos harmonizar pessoas, idéias e sentimentos novos e diferentes, dentro de um conjunto social mais rico e aberto.
O ser humano está integrado à natureza e tem um potencial que ele próprio desconhece. Assim, suas possibilidades de desenvolvimento são quase ilimitadas.